Mentes vazias, pré-julgamento e pensamento pequeno
Imigrar para outro país não é fácil mesmo assim
milhares de pessoas saem de sua zona de conforto para enfrentar desafios em
locais que acreditam proporcionar melhores condições de trabalho, moradia e
vida. Buscam a felicidade longe de seus lares e de sua família, entretanto muitas vezes encontram
dificuldades imensas por conta do preconceito e pré-julgamento de pessoas com
cabeças fechadas, mentes vazias e repletas de pensamentos conflituosos.
Apesar de morar em Portugal e já ter sofrido com certos preconceitos em torno da minha nacionalidade brasileira e do fato de ser mulher, também já vi muitos portugueses comentando e reclamando, com razão, de outros europeus que são preconceituosos com eles da mesma forma que muitos cá em Portugal são preconceituosos com imigrantes.
Já vi muitos relatos de maltas sobre as dificuldades e muitas vezes situações de humilhação que encontram quando vão em busca de trabalho em outros países
da União Europeia. As mesmas reclamações que ouço e que já presenciei dos brasileiros
que vivem em Portugal. Parece um ciclo sem fim que gira em torno da questão de
que se fizeram comigo, então devo fazer com os outros também para obter certo
tipo de satisfação pessoal baseado no sentimento de vingança. Sei que é forte
pensar desta forma, porém se investigarmos mais a fundo as histórias que nos
contam conseguiremos encontrar esta linha de raciocínio com facilidade e até mais.
Já tive colegas que procuraram emprego em cafeterias, bares
e lanchonetes em Portugal e ouviram um não, só porque se apresentaram como brasileiros.
Aquela famosa frase:
“Os brasileiros são
preguiçosos e não trabalham.”
O que a maioria responde de uma forma bem madura:
“Quem não trabalha
são os portugueses. Nós topamos tudo e eles não”.
Também já ouvi portugueses do Norte de Portugal, falar do
pessoal do Sul:
“Os lisboetas são
metidos a ricos e não passam informação para ninguém. São grossos e mau
humorados. Se acham os reis do mundo.”
Já os do Sul respondem de forma bem madura:
“O pessoal do Norte é
fechado, preconceituoso e vivem na roça. Deus me livre de gostar do Porto, eu
sou lisboeta até a morte.”
Aí, os portugueses vão trabalhar na Inglaterra, França ou em outros países com salários mais elevados que precisam bastante de algumas especialidades, tal como enfermeiros, e sofrem com os mais diferentes tipos de injurias diariamente o que acarreta em um rendimento baixo do profissional e marcas profundas dificéis de serem apagadas da mente.
“Ah, mas vocês são
pequenos. País com o PIB baixo, economia fraca e blá blá blá. Chega para lá que
eu sou melhor do que você, seu feito, chato, bobo e cara de cocô.”
SOMOS TODOS SERES HUMANOS!
É uma guerra infantil em um mundo saturado de lutas, brigas,
violências e preconceitos. É por isso que eu sempre digo, se as empresas e
pequenos negócios julgassem menos a origem do funcionário, a cor da pele, a
opção sexual, o peso e etc, teriam muito mais sucesso e menos
problemas no futuro. Penso que ignorar uma pessoa sem avaliar o seu talento e
profissionalismo só por conta de sua nacionalidade ou explorar o estrangeiro no
momento em que ele mais precisa é muita covardia e pouco inteligente.
Cada pessoa tem a sua particularidade, talento, garra pessoal e força de vencer na vida. Basta fazer uma análise completa na entrevista com testes e perguntas bem feitas.
Tudo que vai, volta, meus
caros.
Muitas vezes aquele indiano, japonês, árabe, português do
interior, do norte, sul, do centro pode ser muito mais humilde e profissional
do que o sujeito que vive a poucos metros do seu estabelecimento. Carácter não
se mede com preconceitos. O bom pode usar uma máscara de vilão e aquele
vilão pode, na verdade, ser uma pessoa muito mais bondosa do que aparenta ser.
Portanto, antes de julgar alguém pense bastante e cuidado
para não reproduzir pensamentos de ódio só porque fizeram injurias com você.
Tome cuidado ao generalizar e boa sorte. Vamos espalhar o amor e tentar controlar os pensamentos negativos que rondam a nossa cabeça todos os dias.
O êxito de um bom negócio não depende só do dono e sim da
união de toda uma equipe a favor do desenvolvimento de uma ideia de sucesso.
Beijinhos,
Carol Estrella
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